Investimento Estrangeiro Direto apresenta aumento em 2021, investidor procura por commodities brasileiras

21/03/2022


A Câmara Ítalo brasileira de Indústria e Comércio do Rio de Janeiro dá continuidade às matérias desenvolvidas pela nossa equipe que compartilha os dados e resultados de algumas de nossas atividades e pesquisas realizadas em 2021 abordando os impactos e balanços obtidos durante a pandemia no Brasil e como impacta a relação entre Brasil e Itália.

 

O Banco Central do Brasil informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira totalizaram US $46,441 bilhões em 2021. O resultado representa um aumento de 22,9% em relação a 2020, quando os investimentos estrangeiros no Brasil somaram 37,786 bilhões de dólares. (G1)

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) é, num sentido mais amplo, a movimentação de capitais internacionais para propósitos específicos de investimento, quando empresas ou indivíduos no exterior criam ou adquirem operações em outro país. O IED engloba “fusões e aquisições, construção de novas instalações, reinvestimento de lucros auferidos em operações no exterior e empréstimos intercompany (entre empresas do mesmo grupo econômico)”. (Apex)

Fernando Rocha, chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, observa que “os investimentos diretos ainda não voltaram aos níveis pré-pandemia”. (G1)

Segundo ele, o resultado de 2021 se deve ao aumento da participação no capital das empresas, seja para criar novas empresas, comprar empresas brasileiras ou até mesmo para ampliar a capacidade produtiva de empresas já instaladas no país.

Embora o resultado tenha sido positivo em relação a 2020, no mês passado o BC estimou que o investimento estrangeiro direto no país seria de 52 bilhões de dólares, portanto o resultado ficou abaixo das expectativas.

Em dezembro do ano passado, segundo o BC, o investimento estrangeiro direto no país foi negativo em 3,935 bilhões de dólares. Ou seja: em dezembro houve mais retorno do que entrada de recursos. (G1)

Segundo dados oficiais, o investimento estrangeiro no ano passado foi suficiente para cobrir o déficit nas contas externas.

Quando o déficit não é “coberto” por investimentos estrangeiros, o país deve contar com outros fluxos, como a entrada de recursos para aplicações financeiras, ou empréstimos no exterior, para fechar as contas.

Segundo ele, o resultado de 2021 se deve ao aumento da participação no capital das empresas, seja para criar novas empresas, comprar empresas brasileiras ou até mesmo para ampliar a capacidade produtiva de empresas já instaladas no país.

Segundo Rocha, o aumento das remessas de lucros e dividendos no ano passado está relacionado ao aumento da atividade doméstica e consequente crescimento da rentabilidade das empresas que atuam no Brasil. (G1)

Entrada de dinheiro estrangeiro na Bolsa brasileira bate recorde no primeiro trimestre de 2022
Já são R$ 71,063 bilhões neste ano, superando o número de todo o ano passado, de R$ 70,785 bilhões, que é recorde. (Info Money)

O Brasil vive um momento econômico delicado, com inflação em aceleração, desemprego persistentemente alto e perspectivas ruins para o PIB. Também está às vésperas de uma eleição que se configura complicada, e o mundo vive uma guerra que ameaça todo o funcionamento da economia global. Tudo isso, porém, não parece problema para os investidores estrangeiros.

Desde o início do ano até a última quarta-feira (ou seja, 68 dias) o saldo de capital externo na Bolsa de Valores chegou a R$ 71,063 bilhões, superando o número de todo o ano passado, recorde da série histórica, de R$ 70,785 bilhões.

O que explica esse movimento? Para analistas, uma das principais causas é o fato de o mercado brasileiro estar fortemente ligado às commodities, que já vinham em trajetória de alta e ganharam ainda mais força com a invasão da Rússia à Ucrânia.

Em relatório, o banco americano Goldman Sachs apontou que, diante do atual cenário, sua preferência para investimentos é no Oriente Médio, Norte da África e Brasil, dado o perfil exportador de matérias-primas dessas regiões. “Esses países oferecem proteção tática contra a combinação preocupante de crescimento mais fraco e inflação mais alta [no mundo].”

A intensa entrada de investimentos tem provocado a queda da cotação do dólar no Brasil, apesar de toda a turbulência econômica global. A moeda americana fechou cotada a R$ 5,0541 na sexta-feira (11). No início do ano, era negociada na casa dos R$ 5,60.

Dólar mais barato ajuda a conter a inflação — embora, no cenário atual, isso venha tendo bem pouco efeito. O risco, segundo os analistas, é de que esse capital que tem vindo para o Brasil tem perfil bastante especulativo. Portanto, pode ir embora muito rapidamente, se as condições ficarem adversas. (Info Money)

Na nossa próxima publicação abordaremos daremos continuidade ao tema dando destaque ao investimento em commodities brasileiras.



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