Delegação Regional Espírito Santo – Vitória

CAMARA ES

A Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria se orgulha de estar presente no Estado do Espírito Santo apoiando o desenvolvimento da economia capixaba e as relações econômicas entre o Estado e a Itália.

A Câmara está representada através de sua Delegação Oficial com Ponto de Assistência na capital Vitória. Para agendar um encontro entre em contato.

Telefone: +55 (21) 2262-9141
Celular: +55 (21) 98240-1507
Telefone Italia: +39 02-56.56.76.13
E-mail: espiritosanto@camaraitaliana.com.br

dados[1]

Um pouco da história da imigração italiana no Espírito Santo

Segundo o sociólogo italiano Renzo m. Grosselli, a Expedição de Pietro Tabachi, foi o primeiro caso de partida em massa de imigrantes da região norte da Itália para o Brasil. O nome da colônia criada no Espírito Santo, pelo Governo Brasileiro, chamava-se Nova Trento, a qual foi a primeira, de pelo menos 3 Nova Trento, fundadas pelos trentinos em terras brasileiras.

Assim, podemos dizer que Santa Cruz foi o berço da Imigração italiana no Brasil.

A primeira viagem de imigrantes aconteceu no dia 3 de janeiro de 1874, às 13 horas, do Porto de Gênova, em um navio a vela, o “La Sofia”, na expedição Tabacchi, e a segunda pelo “Rivadávia”, ambos de bandeira francesa. O “Sofia” chegou ao Brasil em fevereiro de 1874, 386 famílias, para as terras de Pietro Tabacchi, em Santa Cruz.

Contudo, oficialmente, a imigração teve início no Brasil com a chegada do navio “Rivadávia”, que aportou em 31 de maio de 1875, com 150 famílias italianas, encaminhadas para Santa Leopoldina, de onde seguiram para Timbuí e fundaram Santa Teresa, todas localidades situadas no Estado do Espírito Santo.

Seguem-se a estes, outros navios, de 1874 a 1894: “Mobely”, “Itália”, “Werneck”, “Oeste”, “Izabella”, “Berlino”, “Clementina”, “Adria”, “Colúmbia”, “Maria Pia”, ” Regina Margherita”, “Solferino”, “Andréa Dória”, “Savona”, “Citá de Genova”, “Roma”, “Baltimore”, “Savóia”, “Pulcevere”, “Birmania”, “Las Palmas”, “La Valleja” e finalmente, “Mateo Bruzzo”, chegando com 528 famílias em outubro de 1894.

Principais causas da imigração

No princípio do Século XIX ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Terminada as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena – 1814/1815 – estabeleceu arbitrariamente novos estados, formas de governo e alianças, sem escutar os povos a eles submetidos.

Assim, a Itália se viu dividida em sete Estados soberanos, surgindo, em consequência, o ideal da unificação. Esta foi obtida apenas em 1870, graças a Vitor Emanuel II, o Primeiro Ministro Cavour e o revolucionário Giuseppe Garibaldi. Terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substituído por uma dura realidade: batalhões de desempregados e camponeses sem terras não tendo como alimentar a si nem as suas famílias. A Revolução Industrial, com a advento das máquinas, substituíra o trabalho do homem, com muito mais lucro e perfeição.

A solução foi emigrar em busca de novas terras não exploradas e ricas.

Os primeiros colonos para esse núcleo chegaram no navio Colúmbia, que aportou em agosto de 1877. Os outros vieram nos navios “Izabella” e “Clementina”. Realizaram o mesmo itinerário do grupo trazido por Pietro Tabacchi para Colônia Nova Trento, ou seja, de Vitória para Santa Cruz, de vapor. Em seguida, em canoas, subindo o rio Piraqueaçu até o Porto de Santana, em Córrego Fundo e, dali, a pé, até a Fazendo do Morro das Palmas. Daí, eram agasalhados em um barracão do tempo de Pietro Tabacchi. (falecido em 21.6.1874).
Este trabalho foi resumido a partir dos seguintes livros/jornais:

A Tribuna – 31/5/1975 – Caderno Especial – 100 anos de presença italiana no Espírito Santo.

A Expedição Tabacchi e Colônia Nova Trento – Renzo M. Grosselli – Artgraf. Gráfica e Editora Ltda. Março/1991.

Subsídios à História da Imigração Italiana nos Municípios de Ibiraçu e João Neiva – Lucílio da Rocha Ribeiro – Artgraf. Gráfica e Editora Ltda . 1990