Juros! Saiba como ficou esta taxa em 2020 na Itália e no Brasil

10/02/2021


Desde o início do atual governo, o Ministério da Economia tem promovido uma política econômica de redução progressiva da taxa de juros. A crise acarretada pela pandemia de Covid-19 acelerou ainda mais esse processo. Na Itália, o panorama é semelhante: o Banco Central Europeu, que norteia a economia do país, também tem optado por promover uma baixa nas taxas de juros na Zona do Euro.

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é a principal ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação e afeta todas as taxas de juros do país, como taxas de juros de empréstimos, financiamentos e investimentos de curto prazo.

A taxa Selic refere-se à taxa de juros das operações de empréstimo de um dia entre instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O Banco Central atua no mercado de títulos públicos de forma que a taxa seletiva efetiva esteja em linha com a meta da Selic fixada em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Em janeiro de 2021, a taxa Selic foi de 2%, a mais baixa da série histórica, quando o Brasil adotou o sistema de targeting da inflação, explicitando a política de juros baixos adotada pelo Governo Federal. 

Na Itália, a política econômica fica a cargo do Banco Central Europeu (BCE), já que o país faz parte da União Europeia e da Zona do Euro. Desde a última reunião do Conselho do BCE, a principal taxa de referência (Refi) manteve-se em 0%, a taxa sobre empréstimos marginais manteve-se estável em 0,25%, enquanto a taxa sobre empréstimos de depósito se manteve em -0,50%.

Após uma série de medidas expansionistas adotadas em dezembro passado, na primeira reunião do BCE em 2021, a atenção do Conselho de Governadores se volta para os resultados do combate à pandemia, a começar pela vacina anti-Covid e as restrições de mobilidade adotadas pela os vários governos da Europa, que estão inevitavelmente reduzindo as atividades de produção e causando maior incerteza econômica.

A política de taxas de juros baixas adotada pelo BCE nos últimos anos favoreceu os pedidos de hipotecas de famílias italianas e europeias, que conseguiram comprar suas casas aproveitando as taxas de financiamento mais baixas da história. A escolha do BCE de deixar as taxas de referência em zero refletiu-se, em particular, na tendência às hipotecas de taxa indexada. 

Isso significa que o custo do dinheiro para os bancos está em nível mínimo, e mesmo que sua margem de lucro (spread) seja cobrada a esse valor, as instituições são capazes de oferecer aos seus clientes taxas um pouco acima de zero e, muitas vezes, muito abaixo de 1,00%.

Voltando ao objetivo do BCE, que é levar a inflação para um patamar próximo de 2%, e dadas as últimas estimativas que nem remotamente vislumbram esse patamar, podemos imaginar que as taxas permanecerão nos níveis atuais a médio prazo.

Fontes: Banco Central do BrasilMoney.it



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