Taxa de empregabilidade no Brasil apresenta uma sutil melhora desde o início da pandemia

07/03/2022


A Câmara Ítalo brasileira de Indústria e Comércio do Rio de Janeiro dá continuidade às matérias desenvolvidas pela nossa equipe que compartilha os dados e resultados de algumas de nossas atividades e pesquisas realizadas em 2021 abordando os impactos e balanços obtidos durante a pandemia no Brasil e como impacta a relação entre Brasil e Itália.

 

Por causa da continuidade da pandemia de COVID-19, os dados mais recentes do IBGE, relativos ao terceiro trimestre de 2021, mostram que o Brasil tem uma taxa de desemprego de 12,6%, o que equivale a 13,5 milhões de indivíduos sem emprego.  Esses números significam uma leve queda na taxa de desemprego no país, que chegou ao patamar de 14,2% em novembro de 2020, significando 14 milhões de desempregados. (IBGE)

Observa-se que houve uma sutil recuperação em 2021, contudo, a persistência da pandemia, que postergou a incerteza do mercado, fez com o país ainda apresentasse taxa de desemprego elevada. 

O Governo Federal publicou, em janeiro de 2022, um relatório de empregabilidade referente ao ano de 2021. O Ministério do Trabalho divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o levantamento, o país contabilizou 20.699.802 novas contratações.

Conseguir um emprego de carteira assinada tem sido um grande desafio para parte significativa da população. Diante da atual crise econômica, muitas pessoas estão buscando por oportunidades até mesmo hora da sua área de atuação para garantir uma renda mínima. Segundo o relatório do Caged, o segmento com mais contratações foi o de serviços. (FDR)

Estatísticas de contratação por segmento

O balanço mostrou que no setor de serviço o país pode contabilizar 1.226.026 novas contratações. Já na indústria, o número ficou em 475.141. Na área de construção, 244.755 brasileiros tiveram a carteira assinada. No comércio, o indicativo foi de 643.754. Por fim, o segmento mais afetado foi a agropecuária, com apenas 140.927 efetivações.

Estatísticas por regiões

Todas as regiões nacionais tiveram um saldo negativo em dezembro de 2021 com relação à oferta de emprego. A população mais afetada reside no Sudeste que contabilizou uma queda de 136.120 postos de trabalho (-0,64%). Na Região Sul ficou em 78.882 vagas (-1,01%), as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte tiveram um saldo também negativo de 21.476 (-0,61%); 15.823 (-0,23%); e 13.375 vagas (-0,68%), respectivamente.

Panorama da empregabilidade no Brasil em 2021

De modo geral, o país gerou em torno de 2,73 milhões de empregos pelo regime CLT em 2021. Dessa quantia, foi possível também contabilizar 17.969.205 demissões. Com relação às vagas formais, foram fechadas 191.455 oportunidades.

O ano das startups no Brasil

Um dos setores que mais despontou no Brasil em 2021 foi o das startups.

O valor total dos investimentos captados por startups brasileiras em 2021 é o maior desde 2016, chegando a quase 9,8 bilhões de dólares (mais de R$ 55,6 bilhões) até novembro, aponta uma pesquisa divulgada pela plataforma de inovação Distrito em janeiro de 2022. O número de investidores em startups no Brasil cresceu 34%, passando de 404 para 544, sendo esse o maior crescimento desde 2007.

Segundo o estudo, a soma dos aportes cresceu até novembro mais de 200% em relação ao ano anterior. Em 2020, foram 3,6 bilhões de dólares, enquanto em 2021 os investimentos chegaram a 9,75 bilhões de dólares. Ao todo, foram 771 rodadas de investimentos, contra 611 em 2020.

As fintechs (startups do mercado financeiro) concentraram o maior número e valor de aportes: foram 153 investimentos, somando mais de 3,5 bilhões de dólares. Na sequência estão: retailtechs, focadas em varejo e consumo (69 investimentos e total de 1,03 bilhão de dólares); real estate, voltadas ao mercado imobiliário (56 aportes, com valor de 1,01 bilhão de dólares); edtechs, para educação (50, no total de 553,6 milhões de dólares); e, o setor de mobilidade (41 e volume conjunto de 390 milhões de dólares).

O maior número de investimentos se concentrou nas empresas em alto estágio de desenvolvimento. Aqueles destinados para startups menores, como aportes do tipo Anjo, pré-seed e seed, aconteceram em menor escala por apresentarem mais riscos. Os maiores compradores de startups em 2021 foram: Magazine Luiza (12), Locaweb (8), Nuvini (6), Afya e Modalmais (5, cada uma). (EpocaNegocios)

No total, 21 empresas integram o seleto grupo daquelas com valor de mercado superior a 1 bilhão de dólares, os chamados “unicórnios”. Os dados refletem o crescimento de famosos unicórnios no último ano. Entre elas, estão fintechs como o Nubank, que estreou nas bolsas de Nova York e São Paulo em dezembro, e a PagSeguro, que, segundo os dados mais recentes divulgados aos investidores, teve lucro líquido recorrente de 418,7 milhões de reais no terceiro trimestre de 2021. (O Brasilianista)

Observa-se que o setor privado conseguiu se sobressair e atrair investidores estrangeiros. Esse fato também ocorre por conta da desvalorização do real em relação ao dólar, o que faz o risco do investimento se tornar menor. (Info Money)

Para 2022, a expectativa é de que o cenário de inovação aberta continue em crescimento e que novas tecnologias conquistem ainda mais espaço. Entre as principais apostas estão as oportunidades que virão do 5G, das energias renováveis e dos avanços do metaverso. (Epoca Negocios, O Brasilianista, Info Money)

 

A nossa próxima publicação abordaremos como a sustentabilidade e ESG vem ganhando maior visibilidade e investimentos no Brasil.



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